José Leandro da Silva , nasceu no 30
de setembro de 1920, Na comunidade de Pico Preto, em Lajes , sendo filho do
casal de agricultores , Antonio Leandro da Silva e Maria dos Anjos da
Silva, em 1939, deixou sua terra Natal,
e juntamente com sua família veio morar em Pedro Avelino , para
trabalhar na lavoura do algodão, vindo a se abrigar na Fazenda do Sr João
Ernesto.
Aos 21 anos casou-se com Dona
Francisca Pereira Leandro, ela natural de Santana do Matos, mas residia na
Fazenda São Pedro, Dessa união nasceram 19 filhos, sendo que 07 vieram a se
criar dois homens , Paulo ,e Winilton ,
que faleceu em 2013 e 05 mulheres, Juracy,Raimunda, Jandira, Cacilda e
Francíneide.
Em 1954, deixou a vida do campo e veio
pra cidade, passando a residir na casa onde hoje mora o Senhor Antônio de
Aristide.
Zé Leandro, era um homem simples,
honesto e muito alegre, ao ponto de por muitas vezes oferecia o terreiro de sua
casa para receber violeiros, bois de reis e outros personagens do nosso
folclore e da nossa cultura.
Raimunda e Cacilda, sempre ouviram
a avó falar da alegria do seu tempo de
jovem em Pé Quebrado, João Câmara, principalmente dos pastoris de região. Coisa
que muito empolgou as crianças , finalmente decidiram fazem a brincadeira que
em muito agradou a vizinhança , daí em diante contaram com a ajuda de um rapaz chamado Damião Palheta ,vindo do
Agreste , e que já conhecia as danças a
algum tempo.
Damião, virou Damião vê nove, pois era
o velho vê nove do pastoril , a idéia
das meninas tomou corpo e outros pais, como Maria de Eugenio, mãe de Lidia, Chelo e Vênias , foram se
movimentando e se comprometendo com o pastoril que passou a ser todos os finais
de semana dançado no terreiro da casa e o dinheiro que entrava era as despesas
do sanfoneiro , querosene para os lampiões entre outras, o que sobrava era
dividido em partes iguais para as pastoras e o velho.
Este primeiro grupo permaneceu ativo
por alguns anos, sempre recebendo convites para se apresentarem nas fazendas,
tiveram ainda a honra de uma grande apresentação, quando no ano de 1964, na
noite de natal, dançaram na praça do mercado. Sendo este mesmo ano da ta em que
o grupo se desfez.
Porem para a alegria que Zé Leandro,
que nunca deixou de oferecer alegria a cidade, nos anos 70 a historia se repetiu e um
novo pastoril se formou, Dona Raimunda , ensinou tudo as meninas que formaram
um grupo de 12 meninas, eram elas. Matilde, Marlene, Marlete, Fátima de José
Felix, Diva de Paulo Benicio, Ozilete, Marluce, Maria Luiza Leandro, Nanam,
Francineide Leandro, Gracinha Aureliano, Cacilda “DIANA”, esse grupo dançava
todas as semanas para , fazer suas fantasias
e os tecidos foram comprados na Loja de Donalba. Uma da costureiras
foi Dona Petronila de Benicio.
Vale lembrar que outros grupos foram
surgindo como por exemplo o da rua do Raimundo Cavalcantí, que tinha como
organizadoras as Senhoras Juraci de Tatá, e Raimunda Saburá, este existiu a
penas um ano . Surgiu também o da igreja, que era coordenado por Tica
Flôr, e tinha como DIANA, a memorável
Rosa do Barão, sendo que Verônica , era
a borboleta, Tempos depois este grupo ficou
inserido na festa do nosso padroeiro, ai já tinha como coordenadora, Rosa
Câmara, mas sem cordão e sim com time, FLAMENGO X VASCO.
Já o tradicional , foi até 1974, se
desfazendo mais uma vez, mas tempos depois a alegria do pastoril da família
Leandro, voltou agora sob o comando de Dona Raimunda Leandro, que havia ficado
viúva, e logo juntou-se ao grupo da melhor idade e pois em pratica um grupo de
pastoras.
O famoso pastoril, que faz parte da
cultural do RN, é geralmente distribuído pelos cordões azul e vermelho. Sendo
composto do 12 meninas que recebem o nome de pastoras, cada pastora tem seu
nome artístico e sua missão dentro do grupo, elas são direcionadas pelas
próprias musicas que dão o comando ao pastoril.
Sua distribuição se dá da seguinte
forma:
CORDÃO
VERMELHO
|
CENTRO
|
CORDÃO AZUL
|
MESTRE
|
DIANA
|
MESTRE
|
CONTRA MESTRE
|
CONTRA MESTRE
|
|
CIGANA
|
ESTRELA
|
|
FLORISTA
|
CRUZEIRO
|
|
JARDINEIRA
|
BORBOLETA
|
ANJO
|
O
grande incentivador desta bela parte cultural de nossa cidade, o senhor José
Leandro, viveu 85 anos, vindo a falecer no dia 06 de dezembro de 2005, deixando
sua companheira de 64 anos de união, Francisca Pereira Leandro, e ainda 7
filhos , 38 netos e 57 bisnetos. Quando
se falar em pastoril e em cultural , em Pedro Avelino , é
sempre bom que se lembre o nome de ZÉ LEANDRO.
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